As Sete Regras de Vida de Paracelsus, escritas no século XV, impressionam pelo que tem em comum com as recomendações “atuais” para quem está atrás de uma vida melhor em corpo, mente e espírito.
(postado por Terra Dourada - Vivian Frida Lustig)
“Se pelo espaço de alguns meses observar os preceitos que em seguida se dão, verá operar-se em sua vida uma mudança tão favorável que jamais os abandonará. Para obter o êxito desejado, é preciso que adapte sua vida à estrita observação dessas orientações. São simples e fáceis de seguir, mas há que realizá-las com perseverança. Não crê que a Felicidade bem vale o esforço? Que custa fazer uma prova? São Regras de Vida ensinadas pela mais Antiga Sabedoria e há nelas mais Transcendência do que sua simplicidade o leve a supor.
1- Primeiro é melhorar a saúde. Para tanto tem que se respirar com mais frequência possível, fundo e ritmicamente, enchendo bem os pulmões ao ar livre ou perto de uma janela. Beber diariamente em pequenos goles, dois litros de água. Comer muita fruta. Mastigar os alimentos de modo mais perfeito possível. Evitar completamente o álcool e também os medicamentos ( a menos que esteja submetido a um tratamento). Banhar-se diariamente é um bom hábito que devemos à nossa própria dignidade.
2- Desterrar absolutamente do ânimo toda ideia de pessimismo, rancor, ódio, tédio ou tristeza, por mais que existem para isso. Fugir como peste de toda oportunidade de tratar com pessoas maledicente, viciadas, ruins, caluniadoras, indolentes, fofoqueiras, vaidosas ou vulgares e inferiores. A observação desta regra é decisiva, pois trata-se de modificar o contexto da alma e elevar a condição de vida. É o único meio de mudar o destino, já que este depende de nossos atos e pensamentos. O acaso não existe.
3- Fazer todo o bem possível, auxiliara a todo desafortunado, sempre dentro de nossas possibilidades, mas jamais ter debilidade por alguma pessoa. Deve-se cuidar das próprias energias e fugir de todas as formas de sentimentalismo.
4- Esquecer toda ofensa e esforçar-se por pensar bem até daqueles que temos por inimigos. A alma é um templo que não deve jamais ser profanado pelo ódio.
5- Devemos recolher-nos todos os dias ao menos por meia hora onde ninguém possa perturbar-nos. Sentar comodamente com olhos semi-cerrados e não pensar em nada fortifica energeticamente o cérebro e permite ao Espírito colocar-se em contato com as boas influências. Nesse estado de recolhimento e silêncio ocorrem-nos às vezes idéias luminosas que podem mudar toda uma existência. Com o tempo, todos os problemas poderão ser resolvidos pela Voz Interior que nos guia em tais momentos de silêncio, a sós com a consciência. Esse é o “Daimon” do qual fala Sócrates. Todos os grandes seres deixaram-se guiar pela Voz interior. Em nosso caso, não virá assim de uma vez, pois teremos que nos preparar por um tempo. É necessário destruir as capas superpostas dos velhos hábitos, preconceitos e pensamentos inconvenientes para a vida espiritual.
6- Guardar absoluto silêncio de todos os assuntos pessoais. Abster-se (como se tivesse feito um juramento solene) de contar aos demais, nem mesmo aos mais íntimos, tudo quanto pense, ouça, saiba, ou descubra. Por longo tempo, ao menos, deve-se permanecer como uma “Casa fechada” ou “Jardim lacrado”. É uma regra de suma importância.
7- Jamais temer os seres humanos nem sobressaltar-se pelo amanhã. Ter calma e uma alma forte, limpa e sincera, assim tudo sairá bem. Não sentir-se só nem débil, porque detrás de cada pessoa há exércitos poderosos que não podemos conceber nem sequer sonhar. Quando se eleva o pensamento, não há mal que possa alcançar. O único inimigo que se deve temer é a nós mesmos. O medo e a desconfiança no futuro são mães funestas de muitos fracassos, atraem más influências e com elas o desastre.
Theophraustus Paracelsus, médico suiço nascido em 1493, é considerado um dos pais da medicina e um dos últimos esotéricos do século XV.